Setor produtivo vê com preocupação a elevação da Selic a 14,75%
A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano — maior patamar desde julho de 2006 — gerou forte reação de entidades do setor produtivo, que classificaram a medida como exagerada e prejudicial ao emprego e à renda.
Com a Selic nesse nível, o crédito bancário se torna mais caro e restrito, comprometendo o capital de giro, os investimentos e até a sobrevivência de micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, que muitas vezes dependem dessas linhas para manter suas operações.
Ao mesmo tempo, o consumo das famílias é impactado negativamente, já que os juros altos desestimulam o gasto e favorecem a retração econômica. Para os microempreendedores individuais (MEIs) e empresas de pequeno porte que vivem do consumo local, isso representa queda no faturamento e aumento da pressão sobre a sustentabilidade financeira.